Cesta básica registra aumento de 2,4% no ano e impacta orçamento dos brasileiros



Por Rota Araguaia em 01/11/2024 às 15:17 hs

Cesta básica registra aumento de 2,4% no ano e impacta orçamento dos brasileiros
Reprodução

Redação

O valor da cesta básica aumentou de R$ 732,82 para R$ 739,44, acumulando uma alta de 2,4% em 2024. Entre os principais itens que puxaram o aumento estão as proteínas animais e produtos básicos, como carne, afetados pela escassez de pastagens devido a queimadas ocorridas em agosto e setembro, além do crescimento das exportações. Mesmo com a alta de preços, o consumo nos lares brasileiros cresceu 0,95% em setembro em comparação ao mesmo período de 2023, conforme apontado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). O indicador do setor acumula crescimento de 2,52% no ano, mantendo-se dentro das projeções de 2,5% para 2024.

Para o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, o aumento da inflação impacta diretamente o orçamento familiar. “Fatores climáticos, como queimadas e a estiagem prolongada, pressionaram os preços dos alimentos, especialmente carnes e frutas, e também elevam o custo da energia elétrica, o que exige mais equilíbrio do consumidor no orçamento doméstico”, afirma.

Juros elevados afetam o comércio de bens duráveis

A combinação da pressão inflacionária com a manutenção da alta taxa de juros (Selic) impacta o consumo e restringe o investimento no comércio, segundo a Confederação do Comércio. Em outubro, bens duráveis, como eletrônicos e veículos, foram os mais afetados pelos juros altos, resultando numa queda de 0,8% na confiança dos comerciantes. No setor de bens essenciais, como supermercados e farmácias, houve uma leve redução de 0,4%, reflexo das pressões inflacionárias.

Índice de confiança se mantém estável após cinco meses de queda

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou 112,2 pontos em outubro, estabilizando-se em relação a setembro e interrompendo uma série de cinco quedas consecutivas. Ainda assim, comparado a outubro do ano passado, houve uma leve retração de 0,5%, a menor desde julho. Mesmo com a pressão de custos e juros elevados, o setor mantém projeções de crescimento, reforçando a resiliência do consumo essencial no Brasil.



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